Eu sei que a relação não é direta. Mas o meu ponto é que nunca seremos um país sério (e seremos sempre "o país do futuro") se:
+ primeiro, não tivermos uma lei de propriedade intelectual consistente, que proteja os direitos dos autores e puna a pirataria;
+ deixarmos de praticar uma política de repressão à pirataria "faz de conta" para garantir os direitos dos autores e inibir a prática da pirataria;
+ e as pessoas não compreenderem (segundo Piaget, a compreensão é o segundo estágio do conhecimento, que ocorre quando o indivíduo se apropria da informação; informação > compreensão > conhecimento) que a compra de produtos piratas é prejudicial à economia do país (quantos neste fórum já tem iPhone comprado na Sta. Efigênia?), pq se há demanda vai sempre haver oferta;
Se isso não mudar, e vai demorar para tal (não acredito que basta uma canetada), vamos continuar sendo tratados como mercado marginal, atendidos com migalhas e nos daremos por satisfeitos com pouca coisa.
Portanto, o "grau de investimento" apenas atestou que, por enquanto, sabemos controlar o nosso orçamento e pagar nossas contas em dia, mas ainda temos muito que crescer e amadurecer como sociedade para nos tornarmos um país sério de verdade. O caminho é longo e árduo, mas procurei mostrar que, com o exemplo do iTunes, símbolo da verdadeira nova economia, cujo modelo de negócios é a comercialização de produtos desenvolvidos com base em conhecimento e propriedade intelectual, ainda somos um país intelectualmente atrasado.
De novo, a relação entre "grau de investimento" e iTunes Store não é direta, mas vêm daí.
r9rafael.blogspot.com